Desculpa, não ligues a esta riscalhada toda.
Aconteceu uma coisa estranha agora mesmo. Enquanto me tentava acalmar voltei a tentar ligar para o telemóvel do Jaime, como tinha feito todos os dias, várias vezes ao dia, a semana passada. Mas depois daquela noite, não sei porquê fiquei convencido que ele não o tinha, que talvez o tivesse perdido ou deixado nalgum sítio. E mesmo enquanto vinha para aqui, e enquanto corria a cidade e ligava para tudo o que é hotel em Salzburgo não me ocorreu voltar a ligar-lhe.
E não sei porquê, fiz isso agora. Ou antes, sei muito bem: desespero irracional.
Mas, em vez do sinal de desligado que estava à espera, o telefone tocou. Ninguém atendeu, mas só ouvir-lhe a voz no gravador de mensagens encheu-me de alegria. E fiquei tão surpreendido que não soube o que dizer e não deixei mensagem. Por isso voltei a ligar. Mas o telemóvel estava de novo desligado.
Não sei como interpretar isto. Ou ele tem o telefone e não quer mesmo falar comigo ou então outra pessoa estava a mexer nele. E porque desligaria alguém o telefone logo depois de eu tentar telefonar? Se era ele quem o tinha na mão então deve ter visto no écran que era eu quem estava a ligar. E se não era ele… oh merda!
Roí as unhas e comi o chocolate do mini bar (o preço é uma roubalheira, mas que se lixe). Já estou mais calmo.
sábado, 24 de dezembro de 2005
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário