quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Pergunta ao publico em geral

Se tivessem de convidar um artista plástico português para ilustrar um clássico da literatura portuguesa... quem seria o artista e qual seria o livro?

domingo, 24 de setembro de 2006

O Livro da Selva


Não costumo publicar aqui o trabalho do meu alter ego, mas esta capa ficou catita.
Brevemente nas livrarias.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Irritado e de mau humor

Eu preferia ter uma daquelas profissões em que os clientes não hesitam em pagar imediatamente a seguir ao serviço prestado.

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Galactica

Graças à encomenda via Amazon, esta semana viu-se cá em casa a segunda temporada de Battlestar Galactica. (Para quem ainda não sabe, é simplesmente uma das melhores séries de televisão actuais).
Acabou deixando-nos com um nózinho na garganta, mas com vontade de saber quem mais terá um novo penteado, barba ou bigode na terceira série! ...e ainda dizem que as pessoas não mudam...



Infelizmente o que mudou da primeira série para a segunda foi a qualidade da música. Começaram a aparecer uns lapsos de pífaro irlandês à la Titanic. Vou fingir que não os ouvi...

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Onde se poderia desculpar o logotipo do novo jornal sol?

- Na newsletter de um aldeamento turístico em Almansil
- Num bronzeador de loja de desconto
- Numa fundação de caridade para crianças autistas
- No festival do carapau de uma aldeia piscatória
- Na furgonete de um agrupamento musical que anime arraiais e casamentos
- Numa chinela de plástico
- Numas raquetes de praia
- Numa geleira de esferovite
etc..

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Quinta da Regaleira


Este fim de semana fui à Quinta da Regaleira em Sintra por motivos de trabalho. Recomenda-se vivamente a visita a essa Disneylandia da maçonaria mesmo a quem já lá esteve antes. Abriram finalmente ao público todos os andares da casa, incluindo os terraços com as suas vistas soberbas sobre os dois palácios e o castelo. Está também patente uma interessantíssima exposição sobre o cenógrafo-arquitecto Luigi Manini.

sábado, 16 de setembro de 2006

Adio, adieu...


Hoje cá em casa viu-se o último episódio de Will & Grace. O ultimozinho das 8 temporadas, nós que papámos todos os 192 episódios desta série que tanto nos entreteve durante 96 horas da nossa vida (não estou a contar com os episódios vistos 3 ou 4 ou mais vezes). Bem hajam!

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

joie de vivre

Às vezes não é preciso muito para me pôr de extraordinário bom humor.
hoje bastou-me descobrir um novo sabor de gelatina: Banana-kiwi!!
Hummmmm...nham, nham!
Ainda por cima tem um verde esmeralda absolutamente fabuloso. Quero uma camisa desta cor!

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Os Mitos

Se tivesse de dar um conselho de vida a alguém, do alto da minha humilde cagança diria que uma das coisas mais proveitosas para a sanidade mental é viver um bom par de anos fora do sítio onde se nasceu.

Admito que viver em Portugal tem dias maus, mas dias maus há em toda a parte do mundo para toda a gente. Depois dos meus 4 anos de Noruega e depois dos meus 4 anos seguintes em Portugal, não me resta senão concluir que na base do que dificulta ou facilita a vida prática e diária das pessoas está o mito da identidade nacional.

Imaginemos o resultado de uma experiencia cientifica. Num novo território virgem criam-se dois países identicos.
Num coloca-se uma população convencida de que vive num país sub-desenvolvido, de que o governo é corrupto, de que nenhum esforço será recompensado. No outro convence-se a população de que são o país mais rico e socialmente justo do mundo, de que o governo é empenhado e incurruptível e que a iniciativa pessoal será sempre recompensada.

Ao fim de pouco tempo provavelmente já se terão belos clones de Portugal e da Noruega.

O que me irrita nestes "meus" dois países, o natal e o adoptivo, é o momento em que tenho de lidar com pessoas que justificam as suas (más) acções com base nestes mitos de identidade nacional.

O mundo ocidental anda desde o iluminismo a lutar para se libertar das algemas da religião. Graças a isso conseguiram-se os estados laicos que nos dão tantos privilégios e liberdades e que, aparentemente, tornam os países em que o governo está dissociado da religião mais "civilizados". Parece-me no entanto que o grande próximo desafio "civilizacional" é arranjar maneira de desinflar os egos nacionalistas e fazer as pessoas perceber que, no momento em que a tecnologia nos permite viver numa "aldeia global" é preciso começar a pensar na humanidade enquanto espécie e não enquanto conjunto de povos.

É preciso pensar assim em tão grande escala? Sim. Quando se tem de enfrentar no dia-a-dia pessoas que nos dizem na cara: "o seu trabalho é muito bom, mas isto é demasiado bonito para o público português e só vai vender se parecer barato."
Ou algo como: "É um previlégio para os turistas virem à Noruega provar umas típicas papas de aveia sem sabor, é por isso que cobramos por elas o equivalente a uma refeição magnífica num restaurante de luxo".

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

O que é que nao fica BEM aqui?


Concedo que o pessoal dos jornais não deva ter muito tempo para pensar no que faz, mas há coisas que são de um mau gosto flagrante.
Ninguém na redacção repara que a fotografia de um homem a cair de um prédio não bate bem com a manchete "Rendas só podem subir"?
E que qualquer caricatura torna o assunto que retrata risível? Mesmo que seja o Bin Laden vestido de morte ceifadora?
E que aquela caricatura interfere da pior maneira com aquela foto, tirando-lhe toda a dignidade que tem?

O bom gosto pode ser uma arma. O mau gosto é quase sempre um tiro no pé. Eis uma prova.

Regresso a Deadwood


Confesso: Cowboys não são a minha coisa. No entanto, para além da Montanha do Quebra-Costas, há outro sítio no Oeste que me assobra o imaginário: a cidadezinha de Madeira Morta, ou Deadwood.

Comecei finalmente a ver a terceira temporada desta magnífica série da HBO e fico contente de confirmar que continuam a colocar a fasquia na marca mais alta a que uma série de televisão alguma vez se atreveu e a saltar graciosamente por cima dela em cada episódio.

Para além dos inenarráveis diálogos, cravejados dos maiores palavrões jamais ouvidos em televisão, envoltos em arabescos gramaticais do séc. XIX, para além dos desempenhos milagrosos da maioria dos actores. para além de uma direcção de arte impressionante e irrepreensível, há também uma notável mestria de iluminação e fotografia.
Episódios como "Unauthorized cinammom" passado quase exclusivamente à noite em interiores iluminados a vela e candeeiros a petróleo dão vontade de bater palmas. Apenas para termos de reconhecer a obra prima de captação de luz no episódio seguinte que começa com a luz fria da madrugada e nos vai guiando ao longo das faces de um dia que termina nos tons de fogo e sangue que prenunciam tempos violentos para a cidade.

Mais do que uma simples série de televisão, é uma apaixonante experiencia audiovisual. Mais do que uma lição sobre civilização e progresso, Deadwood é o sítio mais desagradável do mundo que não queremos deixar de habitar.

http://www.hbo.com/deadwood/

Policia

A semana passada tive de voltar a uma esquadra da PSP para fazer mais uma queixa contra os meus vizinhos psico-sociopatas.

Como fui para lá directamente depois de ter sido agredido, tinha os joelhos esfolados e a sangrar. Enquanto dava os meus dados e depoimento, pedi ao polícia que dactilografava com um dedo para me arranjar um algodão e alcool para limpar as feridas. Ele pediu imensa desculpa mas a esquadra não tinha qualquer material de primeiros socorros. Nem um simples algodãzito, nem um penso, nem uma garrafita de água oxigenada.
Perguntei-lhe o que é faziam quando na esquadra se cortavam com o papel. Ele riu-se e disse que chupavam no dedo.

Mas não é mau de todo passar uma hora numa esquadra de polícia. Não sei porquê, nas esquadras nunca encontrei aqueles polícias gordos e mal dispostos que se vêm na rua. Cada vez que vou a uma (graças aos vizinhos psico-sociopatas) está sempre cheia de gajos giros que vestem bem o uniforme e são simpáticos e atenciosos. Do mal o menos.

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Colina abaixo... e acelerando!

Hoje ja posso por a cruz em mais um item que garante que estou na curva descendente:

- fui a uma consulta em que o médico era mais novo do que eu

Alguns dos items anteriores:
- queda de cabelo/cabelos brancos
- achar que alguns políticos são sexy
- Ser batido pelos sobrinhos em jogos da playstation
- antigos colegas de escola divorciados ou com mais de dois filhos

terça-feira, 5 de setembro de 2006

no DVD - V de Vendetta


Ontem aluguei o filme "V de Vingança" pelo simples motivo de que havia pouco por onde escolher no meu clube de video. Confesso que esperava muito pior, tendo em conta as criticas que li na altura em que estreou. Afinal não achei o filme nada mau. Antes pelo contrário.

Reduzindo o argumento a números, pode-se dizer que é uma espécie de 1984 pós 9-11. ( Com a curiosidade de ter o John Hurt a fazer de "Big Brother", ele que no 1984 era a vítima do sistema. Coincidência? Não me parece...)

Convenhamos, o filme é demagógico, falacioso, retórico e tenta desesperadamente ser politicamente interventivo. E parece provocadoramente pro-violência e pro-terrorismo. Mas embora ande a brincar com o fogo ideológico, curiosamente só se chamusca ligeiramente.

Passeia-se airosamente entre o género de acção e o triller de conspiração política com um toquezinho de romance e nunca se deixa cair em nenhum género cinematográfico. Pisca o olho a mil e uma referências cinematográficas, pictóricas, históricas, musicais e no entanto mantém uma personalidade própria. Tem tudo para não gostarmos dele e no entanto... não se desgosta.

Provavelmente o filme acaba por convencer por beber da personalidade da personagem do terrorista V. Tem a plena convicção de não é perfeito, mas não pede desculpas a ninguém.

Para mim isso já é muito bom.
E qualquer coisa que me consiga fazer pensar ou que me force a tentar tecer um juízo moral por me ter deixado num terreno pantanoso, vale o tempo investido.
Vejam.
V.

domingo, 3 de setembro de 2006

Matemática a la TAP

momento lindo no site da tap

voo de ida: 210 euros
voo de regresso: 210 euros

Encomendar?

Sim

total: 550 euros
+ taxa de aeroportos: 94 euros
total geral: 644 euros

Encomendar?

procurei pelo botão "prá puta que os pariu" mas não achei

Rocky horror


Ontem, graças à campanhas de desconto que conseguem pôr um DVD a custar 3,5 euros, revi The Rocky Horror Picture show.
Tinha-o visto na cinemateca há mais de 10 anos por isso pareceu-me boa altura para recordar um dos piores filmes de sempre. Além disso, o verdadeiro Skråmestø nunca o tinha visto e este filme ganha muito com incrédulos olhos virgens.

A verdade é que The Rocky Horror Picture Show é paradigma daquelas coisas que são tão más que são boas e, neste caso, chega a raiar o genial. Não admira que seja o fenómeno de culto que é e que se tenha tornado uma peça chave da cultura pop americana do séc. XX. E é precisamente isso que é preciso ter em conta, que aquilo é um fenómeno, não um filme. (daí que seja muito mais interessante vê-lo no cinema com pessoal a cantar e a gritar do que refastelado no sofá da sala)

Curiosamente, mais de 25 anos passados sobre a sua realização, parece haver algo surpreendentemente contemporâneo e fresco naquele objecto audiovisual, como se pudesse ter sido feito ontem. E, visto agora, é impossível deixar de notar a influência que o filme obviamente teve sobre realizadores como David Lynch e Tim Burton.

Se nunca viram, vejam. Mas aviso-vos que nunca mais serão os mesmos. Ninguém fica indiferente aos travestis transsexuais da transilvania.
Bute lá fazer o Time Warp outra vez!