terça-feira, 31 de julho de 2007

Musica Gratis


Os gajos da caravana puseram a sua primeira demo disponivel para download gratuito. Como bonus há a capa com uma linda ilustração feita por mim pronta a imprimir,cortar e montar.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Sim, eu ja li o Harry Potter

Tendo acabado de ler o último Harry Potter (que no fim, casa, tem muitos filhos e vive feliz para sempre) o que me parece mais interessante no livro é o facto de ter uma estrutura completamente diferente dos outros 6 anteriores. Em vez da tradicional sequencia Dursleys/viagem para Hogwarts/ano lectivo/confronto final/adeus até pró ano, este último livro organiza-se num crescendo de ...hum... missões que terminam no grande confronto com vocês-adivinham-quem. A história é uma perfeita sequência de níveis, cada um num cenário diferente, tornando este livro no mais adaptavel a jogo de computador que alguma vez li. Não estou com isto a dizer que seja mau (muito pelo contrário), mas é curioso ver como os livros que mais foram forçados a uma adaptação a outros meios agora absorvem um esqueleto alheio e se atrevem a dançar com ele no próprio funeral.
Um grande Olé para si, senhora Rowling. Fintou o touro e espetou-lhe a bandarilha.

Munique

Não foi intencional, mas os desencontros de horários das companhias aéreas baratuchas fizeram com que, a caminho da Croácia, passasse 4 dias em Munique. Afinal acabou por ser uma excelente oportunidade para conhecer uma cidade rica, linda e simpática e percebi perfeitamente porque é que a revista Monocle (monoclemagazine.com) a elegeu recentemente como a melhor cidade do mundo para viver. Para ser sincero, eu mudava-me já amanhã. E nem precisaria de melhor desculpa que as padarias alemãs...





Foi ocasião para conhecer a fabulosa Pinacoteca que tem quadros mais ao meu gosto que muitos outros grande museus que já visitei. Vi finalmente o "monge à beira mar" de Caspar David Friedrich que é daquelas obras que em qualquer reprodução passa despercebida mas ao vivo nos esmaga com o génio.
Também me empanturrei de boa comida alemã, especialmente no restaurante Pfistermuhle, e no Augustiner biergarten. Grandes dias.

Voltei de ferias


O meu cérebro ainda não está reactivado, mas posso deixar uma foto para a inveja.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Passeio de Domingo


Money, money, money

Não é costume eu pôr-me a citar e comentar notícias aqui no blog porque as minhas opiniões levam muito tempo a formar-se e, na sua maioria, não me parece que deva estar a chatear os outros com elas. Mas esta notícia no DN de hoje chamou-me a atenção:

"As 508 pessoas que apresentaram queixa por abuso sexual contra padres da diocese de Los Angeles vão receber cada uma 1,3 milhões de dólares de indemnização. [...] Para pagar uma indemnização de 774 milhões de dólares (660 milhões acordados agora e 114 milhões que já prometera pagar), a diocese de Los Angeles anunciou que terá de vender parte das suas propriedades. [...] Para David Clohessy, director de uma associação que representa as vítimas de abusos sexuais praticados por padres dos Estados Unidos, o dinheiro não é o objectivo: "As vítimas querem antes prevenção e a responsabilização dos culpados".

Ok, eu sei que a missão da igreja católica na Terra não tem muito a ver com dinheiro, mas, se conseguem reunir este dinheiro todo a mando de um tribunal, não podiam usá-lo para causas beneméritas por espontânea vontade? Aqui em Portugal, por exemplo, não podiam vender qualquer coisa para ajudar os clubes de futebol a pagarem as dívidas à Segurança Social?

sábado, 14 de julho de 2007

Rasputina

A propos aquecimento global e idades do gelo, fica bem destacar a letra de "1816, the year without a summer" a primeira canção do novo album das Rasputina (e quem não sabe quem elas são não tem a veia gótica bem alimentada).

In the Spring of 1315 there began an era of unpredictable weather,
It did not lift until 1851. You remember 1816 as the year without a summer.
June 1816, a sudden snowstorm blankets all the countryside,
So Mary Shelley had to stay inside and she wrote Frankenstein,
Oh, 1816 was the year without a summer.

Grain couldn't ripen under these conditions,
It was brought indoors in urns and pots.
It'd go from ninety-five degrees to freezing within hours,
A brutal struggle for the people and the starving livestock.

During the most severe years of this little ice age
We looked for scapegoats to blame.
Many people tried to blame it all on a vast free-Mason conspiracy,
Or Benjamin Franklin and his experiments with electricity.

The eruption of the volcano Tambora
Blanketed the earth with ash.
That was a real cause discovered by some explorer
Years later, looking back at the past.

I will give you my red colour
To take away your sickly pallor.
For you are so very choleric of complexion,
Please beware the mounting sun and all dejection.

1816 was the year without a summer.

citaçao

In his annual report on 1928, when the regime still looked shaky, [british] Ambassador Barclay wondered “whether the decline of Portugal is an inevitable consequence of racial inferiority”. Citing the prevalence of tuberculosis and syphilis (80 per cent) and high levels of illiteracy (60 per cent), and declaring the Portuguese “almost all incurably emotional, volatile, incapable of sustained effort or logical thought”, he opined that this was all the result of racial mixing and the climate having made the nation “physically, mentally and morally degenerate”.

Pelos vistos, não mudámos muito desde 1928 (tirando a parte da sifilis e tuberculose). Eu pessoalmente sempre fui incuravelmente emocional e incapaz de esforço continuado e pensamento lógico. O Clima parece-me um bode expiatório porreiro (e hoje é um bom exemplo! Só os turistas ingleses é que andam nas ruas a apanhar escaldões). Quanto à minha mistura árabe-judaica-e-sabe-deus-que-mais, funciona bem noutros sítios por isso não me parece que seja daí que vem o bicho.
Resta-nos esperar que, depois do aquecimento global, e quando começar a nova idade do gelo, o território português fique com um clima mais propício ao pensamento lógico.
V império lá para 2050? Ainda pode ser que sim!!

E se nao for um quadrado?


Estou muito contente com aquela corda. Agora é uma história.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

The guys from the caravan

As ilustrações são feitas por mim.



Joias para bibliofilos

Costuma-se ouvir dizer que em Portugal os livros são um artigo de luxo. É uma afirmação verdadeira e falsa ao mesmo tempo. É certo que os idiotas dos editores portugueses nunca conseguiram perceber devidamente o conceito de livro de bolso, mas também nunca perceberam o conceito da edição de luxo. Em geral ficam-se pelo incómodo formato ligeiramente maior que A5 e com capas que nem são moles nem são rijas. Saem caras ao zé povinho e não ficam bem nas estantes de palacetes da Lapa.
Agora está metade do mundo pronto para os eReaders que serão sem dúvida para a edição de livros o que o iPod tem sido para a ediçao de música. É o livro de bolso a tornar-se obsoleto.
Sendo uma Editora digna desse nome, a Penguin, peregrina mundial do formato do livro de bolso, já está a disponibilizar grande parte do seu catálogo em formato digital. Mas, como não são de todo idiotas, o ano passado fizeram a sua primeira experiência no que se prevê vir a ser o outro lado do futuro do livro: a edição de luxo. Convidaram Designers para conceber edições limitadas e numeradas vendidas a preço de ouro (cerca de 180 euros cada exemplar).



Isto sim é perceber a mente de quem gosta de livros. Para um amante de livros só há dois tipos de edição que contam: a Descartável, capaz de ir para todo o lado e a Venerável, capaz de fazer justiça à preciosidade das palavras que contém.

Assim de repente não me lembro de nenhuma editora portuguesa que tenha percebido que a Bíblia é o fenómeno editorial mais digno de ser estudado.

PS - A edição da Penguin de "O idiota" é de génio. Aprendam, editores idiotas!!

Trilha sonora para manha de verao

Eis uma pequena lista de canções que fiz para complementar o espremer de laranjas para o pequeno almoço, o andar descalço e em cuecas pela casa, e o espalhar bronzeador pelo corpo antes de ir para a praia.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Vicio


Estes tipos vão a Madrid em Setembro. Ninguém os traz a Lisboa?

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Vendem-se




Têm um metro de largura.

Pintor de Domingo (2)


Usou-se o fim de semana para fazer isto. Também comi noodles (num restaurante). E fiz um bolo (em casa). O marido limpou o forno depois, bendito seja. Só resmungou um bocadinho.

sábado, 7 de julho de 2007

Obituario inesquecivel

"Count Gottfried von Bismarck, who was found dead on Monday aged 44, was a louche German aristocrat with a multi-faceted history as a pleasure-seeking heroin addict, hell-raising alcoholic, flamboyant waster and a reckless and extravagant host of homosexual orgies."

Assim começa o obituário mais boémio e decadente de todos os tempos, publicado recentemente no The Daily Telegraph. Podem lê-lo todo clicando no link do titulo deste post. É um pedaço de prosa imperdível, acreditem. Oscar Wilde e Bret Easton Ellis não conseguiriam escrever nada melhor.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Sonho de uma tarde no meio do verao


É claro que faltam as cebolas, o alho, os coentros, os jalapeños, o tomate, o azeite e o sumo de lima... mas basicamente, guacamole é isto.