segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Festival Queer Lisboa - The Bubble


Sábado, dia 15 de Setembro - São Jorge 1, 22h00
Terça-feira, dia 18 de Setembro - São Jorge 1, 16h30

4 comentários:

agent disse...

Daniel, por acaso espreistaste o ípsilon (Público) da passada sexta-feira? Continha um grande artigo de várias páginas (com chamada de atenção na capa do jornal) para a “A ficção gay portuguesa”.

Daniel J. Skråmestø disse...

Não li, só vi as fotos.

agent disse...

8 páginas! Falaram os consagrados: Eduardo Pitta, Pedro Grosky, Miguel Vale de Almeida; um diz que só falava por e-mail: Frederico Lourenço, e falou tb a escritora “hetero” Rosa Lobato Faria (!?) autora de um novo romance “narrado por alguém que por acaso é homossexual” a sair em setembro. Falou-se do “Bico de Pena”.
Se é ou não importante ser gay na escrita gay?
Relevante ou não o “coming out” do autor?
Mas finalmente conclui-se que um autor para ser reconhecido tem que ser mais que um escritor de literatura gay e dedicar-se a outras áreas, como os autores entrevistados. Bom e provavelmente terá que ter talento, digo eu. E que falta ousadia, e “Que farei quando tudo arde?” de António Lobo Antunes foi o que formalmente foi mais longe até hoje.

Eu não sou um rapaz das letras, nasci para os números, para as combinações numéricas, probabilidades, margens de lucro e ponto final. No entanto gosto de ler e gosto de aprender a ler. E por isso leio artigos sobre livros. O Ípsilon do Público tem sido uma boa base.
No entanto achei o artigo fraquinho e estranhei a ausência de referências à nova geração, três exemplos: (permite-me a ousadia) tu, António Pedro ou Luís Soares.
“É púdica e não há ousadia na escrita gay em portugal”? Hey jornalistas do Público já leram o
"Caçar a gosto", de Sousa e Castro?
Como se isto não bastasse,nem uma palavrinha para o "Lunário" de Al Berto e "O Mar por Cima", do Possidónio Cachapa.

Vou voltar para os meus números e fingir que aprendi mais qualquer coisa hoje.

Daniel J. Skråmestø disse...

Obrigado pelo resumo :-D
Eu só vi o jornal de relance em casa de amigos mas eles guardaram e eu hei-de ler com mais atenção.
Ao que parece, pelo que contaste e pelo que me contaram, também se esqueceram do Nelson Sacramento (morcegos libertinos borboletas nocturnas)... e da inês Pedrosa... e do João Aguiar e de tantos outros autores portugueses que vão largando umas migalhinhas gay nos seus livros.
Suponho que não haja ainda publicado um levantamento exaustivo e sério (porque não snob) da presença da homosexualidade na ficção portuguesa. Talvez nessa altura um jornalista possa trabalhar em melhores condições.

Um artigo destes (e comentários que me fartei de ouvir na altura do lançamento do meu livro) faz-me pensar que anda tudo (autores e jornalistas) à espera do "Grande Romance Gay" de um autor português como se esperassem um moisés para depois poderem atravessar o rio sem se molharem.
Nesse caso, acho mais realista esperar pelo romance gay da Margarida Rebelo Pinto, que aposto não tardará e irá de certeza convencer qualquer pessoa de qualquer coisa graças aos números.

Podes achar que não percebes nada de letras, mas acredita que os números são muito importantes para elas também ;-)