Lisboa
num fim de semana entre feriados. Sábado de manhã. Apenas os pássaros a gritarem para as pedras das calçadas antigas do bairro do castelo. Uma aragem fresca antes de um dia ardente como quem suspirasse antes de voltar a uma resignação antiga.
Berlim
a altas horas da noite num dia de semana. As largas avenidas mal iluminadas de tão largas que são. A sensação de que talvez nunca ninguém voltará a acordar, nem sequer o sol. E de que isso não importa lá muito.
Oslo
a primeira neve do ano a cobrir os passeios e as ruas, intocada por pneus ou sapatos. A noite transformada num grande segredo branco. O mais precioso e absoluto silêncio.
Oaxaca
o sol implacável do meio dia num rua lateral e proletária que parece não ir terminar nunca nem ter transversais. Seguir os cães na esperança de encontrar gente. Saber que não se pertence mas ser dono de tudo.
...
É bem provavel que só se conheça a verdadeira natureza de uma cidade quando a vemos despida dos seus habitantes.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
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1 comentário:
Post muito inspirado :)
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