Felizmente, 99% das vezes, a felicidade alheia é contagiante.
Esta semana vi três homens gay no metro, todos com mais de 55 anos. Eram daqueles que, em separado, conseguem passar por taxistas, contabilistas ou funcionários de repartições públicas.
Tinham ido às compras juntos e conversavam sobre o que iam fazer para o jantar. Algo de perfeitamente banal, mas eles estavam tão felizes, alegres e despreocupados que era contagiante. Dava gosto olhar para eles e fiquei a pensar que quero ser (ainda) assim quando passar dos 55.
Pergunto-me porque é que não vejo disto mais vezes? Gente publicamente feliz e despreocupada com mais de 55 anos só costumava ver na Noruega. Aqui em Portugal é raríssimo, ainda por cima se forem gays.
Contei isto como o meu milagre de Natal (A minha nova ligação de internet funcionando não conta porque paguei por ela, apesar de tudo).
PS- Como é que tenho a certeza que eram gays? Quando se levantaram para sair do metro, um deles beliscou os outros dois no rabo.
sábado, 16 de dezembro de 2006
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4 comentários:
Foi extremamente reconfortante ler este teu post.
Eu tenho 60, e digo-te que me sinto óptimo, e...não tenho razões de queixa, quanto a aceitação (modéstia à parte).
:-)
Em homenagem a «A Persitência da Memória» do Dalí, que tal «A Memória da Persistência»?...
Grande memória visual, Luís ;-D
É precisamente isso.
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