domingo, 31 de dezembro de 2006
quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
Colheita 2006
Para os clientes do costume, aqui fica a lista das canções que mais me animaram os ouvidos no ano que passou (com uns salpicos ainda de 2005...)
Quanto à categoria Melhor Album, a lista resume-se a:
1 - TV on the Radio - "Return to Cookie Mountain"
2 - Camille - "Le Fil"
3 - Bonnie Prince Billy - "The Letting go"
4 - Merz - "Loveheart"
Quanto à categoria Melhor Album, a lista resume-se a:
1 - TV on the Radio - "Return to Cookie Mountain"
2 - Camille - "Le Fil"
3 - Bonnie Prince Billy - "The Letting go"
4 - Merz - "Loveheart"
sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
Catalogo
É verdade, aqui está outro livro da minha autoria! (e sim, este mês tenho tido pouco para fazer)
Desta vez é um pequeno catálogo com 40 imagens do meu trabalho artístico. As que podem ser vistas em www.danieljskramesto.com e mais algumas.
Assim já podem mostrar a minha ouvre aos amigos (ou à vossa senhora da limpeza) sem terem de ligar a internet.
terça-feira, 19 de dezembro de 2006
segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
O reverso da medalha
A propósito dos dois ultimos posts:
Ontem fui a uma festa em casa de uns amigos que têm um quadro meu. É pequenino, está colocado no quarto deles de maneira que só se vê do interior quando a porta está fechada e mostra apenas as costas de dois homens abraçados (não há rabos nem pirilaus).
Um dos convidados da festa, gay e avançado na idade, embora aparentemente tenha gostado do quadro, à minha frente só se lembrou de dizer: - É uma pouca vergonha! o que é que a mulher da limpeza vai pensar?
Passaram-me pela cabeça uma data de comentários menos simpáticos que podia fazer mas preferi ficar calado. É que já é suficientemente triste perceber que há pessoas que nunca vão dar a si mesmas uma hipótese de serem genuinamente felizes.
PS - Quanto à senhora da limpeza dos meus amigos, por coincidência é a mesma que limpa a minha casa, pelo que está perfeitamente habituada a ver rabos e pirilaus nas paredes. ...e nunca se queixou, antes pelo contrário.
Ontem fui a uma festa em casa de uns amigos que têm um quadro meu. É pequenino, está colocado no quarto deles de maneira que só se vê do interior quando a porta está fechada e mostra apenas as costas de dois homens abraçados (não há rabos nem pirilaus).
Um dos convidados da festa, gay e avançado na idade, embora aparentemente tenha gostado do quadro, à minha frente só se lembrou de dizer: - É uma pouca vergonha! o que é que a mulher da limpeza vai pensar?
Passaram-me pela cabeça uma data de comentários menos simpáticos que podia fazer mas preferi ficar calado. É que já é suficientemente triste perceber que há pessoas que nunca vão dar a si mesmas uma hipótese de serem genuinamente felizes.
PS - Quanto à senhora da limpeza dos meus amigos, por coincidência é a mesma que limpa a minha casa, pelo que está perfeitamente habituada a ver rabos e pirilaus nas paredes. ...e nunca se queixou, antes pelo contrário.
domingo, 17 de dezembro de 2006
sábado, 16 de dezembro de 2006
Felicidade
Felizmente, 99% das vezes, a felicidade alheia é contagiante.
Esta semana vi três homens gay no metro, todos com mais de 55 anos. Eram daqueles que, em separado, conseguem passar por taxistas, contabilistas ou funcionários de repartições públicas.
Tinham ido às compras juntos e conversavam sobre o que iam fazer para o jantar. Algo de perfeitamente banal, mas eles estavam tão felizes, alegres e despreocupados que era contagiante. Dava gosto olhar para eles e fiquei a pensar que quero ser (ainda) assim quando passar dos 55.
Pergunto-me porque é que não vejo disto mais vezes? Gente publicamente feliz e despreocupada com mais de 55 anos só costumava ver na Noruega. Aqui em Portugal é raríssimo, ainda por cima se forem gays.
Contei isto como o meu milagre de Natal (A minha nova ligação de internet funcionando não conta porque paguei por ela, apesar de tudo).
PS- Como é que tenho a certeza que eram gays? Quando se levantaram para sair do metro, um deles beliscou os outros dois no rabo.
Esta semana vi três homens gay no metro, todos com mais de 55 anos. Eram daqueles que, em separado, conseguem passar por taxistas, contabilistas ou funcionários de repartições públicas.
Tinham ido às compras juntos e conversavam sobre o que iam fazer para o jantar. Algo de perfeitamente banal, mas eles estavam tão felizes, alegres e despreocupados que era contagiante. Dava gosto olhar para eles e fiquei a pensar que quero ser (ainda) assim quando passar dos 55.
Pergunto-me porque é que não vejo disto mais vezes? Gente publicamente feliz e despreocupada com mais de 55 anos só costumava ver na Noruega. Aqui em Portugal é raríssimo, ainda por cima se forem gays.
Contei isto como o meu milagre de Natal (A minha nova ligação de internet funcionando não conta porque paguei por ela, apesar de tudo).
PS- Como é que tenho a certeza que eram gays? Quando se levantaram para sair do metro, um deles beliscou os outros dois no rabo.
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
Jeans team
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
Richard Jobson
Graças à minha nova e super-rápida ligação à internet, inscrevi-me finalmente na loja do iTunes onde consegui desencantar esta pérola de album que procurava em vão há mais de 15 anos.
Durante pouco mais de um ano tive este album gravado numa cassete até que, num trágico dia, a fita deve ter parecido muito apetitosa a um gravador que a mordiscou sem piedade.
A cassete provinha de um vinil duplo editado pela disques du crépuscule, há muito esgotado, pertença de um primo que vejo muito pouco. Durante anos procurei-o em todos os países que visitei e, se alguma vez passou a formato CD, deve ter sido recentemente. Há coisa de dois anos, quando me voltei a lembrar de o procurar, avistei o vinil num leilão do e-bay e, apesar do preço escandaloso, quase me desgracei (mesmo não tendo já um gira-discos...)
Hoje, estes belíssimos momentos de música-literatura regressam aos meus ouvidos e a magia que me encantou quando o descobri em 1992 (o disco é de 1982!) ainda lá está.
É um disco estranho, em que Richard Jobson, mais declamador que cantor, se socorre de personagens de Marguerite Duras, melodias de Eric Satie ou rendilhados da guitarras de Durutti Collumn, para nos levar a um sítio onde o tempo, as histórias e as emoções convergem sob a forma de palavras-som.
Ouve-se como se lê um romance. É hipnótico mas exigente para o ouvinte. A mim, marcou-me para sempre e é daquelas coisas que sinto que formou a minha identidade. Passou quase a fazer parte da minha personalidade
É recomendável para snobs culturais com um mínimo de bom gosto e para fãs incondicionais de Marguerite Duras.
Durante pouco mais de um ano tive este album gravado numa cassete até que, num trágico dia, a fita deve ter parecido muito apetitosa a um gravador que a mordiscou sem piedade.
A cassete provinha de um vinil duplo editado pela disques du crépuscule, há muito esgotado, pertença de um primo que vejo muito pouco. Durante anos procurei-o em todos os países que visitei e, se alguma vez passou a formato CD, deve ter sido recentemente. Há coisa de dois anos, quando me voltei a lembrar de o procurar, avistei o vinil num leilão do e-bay e, apesar do preço escandaloso, quase me desgracei (mesmo não tendo já um gira-discos...)
Hoje, estes belíssimos momentos de música-literatura regressam aos meus ouvidos e a magia que me encantou quando o descobri em 1992 (o disco é de 1982!) ainda lá está.
É um disco estranho, em que Richard Jobson, mais declamador que cantor, se socorre de personagens de Marguerite Duras, melodias de Eric Satie ou rendilhados da guitarras de Durutti Collumn, para nos levar a um sítio onde o tempo, as histórias e as emoções convergem sob a forma de palavras-som.
Ouve-se como se lê um romance. É hipnótico mas exigente para o ouvinte. A mim, marcou-me para sempre e é daquelas coisas que sinto que formou a minha identidade. Passou quase a fazer parte da minha personalidade
É recomendável para snobs culturais com um mínimo de bom gosto e para fãs incondicionais de Marguerite Duras.
Finalmente!
Depois de 3 meses de espera, eis que uma decente ligação de internet ADSL me chega ao lar/escritório!
É como deixar de olhar pela fechadura para passar a estar sempre de porta aberta.
É como deixar de olhar pela fechadura para passar a estar sempre de porta aberta.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
Ediçao Especial
Depois de me chegarem à mão os primeiros exemplares de "Pequenas histórias de amor e sexo" achei que valia a pena publicar também uma outra versão do livro, mais próxima da que eu tinha idealizado inicialmente e que juntava aos textos algumas imagens do meu trabalho de pintura.
É claro que esta nova versão é num formato maior, tem muito mais imagens e são 160 páginas a cores. Daí que a primeira versão simples custe 7.33 euros e esta custe 26 euros... Enfim, a escolha é do freguês.
http://www.lulu.com/content/562863
É claro que esta nova versão é num formato maior, tem muito mais imagens e são 160 páginas a cores. Daí que a primeira versão simples custe 7.33 euros e esta custe 26 euros... Enfim, a escolha é do freguês.
http://www.lulu.com/content/562863
domingo, 3 de dezembro de 2006
Inesperadamente, Africa
Esta Sexta-feira o meu diafragma (músculo entre os pulmões e estômago) resolveu ter uma contracção e deixar-se ficar (contraído). Provavelmente nunca vos aconteceu uma destas, mas posso relatar que não é uma coisa nada agradável. Não se consegue encher os pulmões por completo porque cada inspiração provoca dores excruciantes.
Como mal me podia mexer resolvi ficar na cama sossegadinho a ler (devorar), primeiro " A agencia de mulheres detectives número 1" e depois "As lágrimas da girafa", os dois primeiros volumes da excelente série de livros escritos por Alexander McCall Smith sobre Mma Ramotswe, a primeira mulher detective do Botswana.
http://www.randomhouse.com/features/mccallsmith/books.html
No Sábado fui finalmente visto por duas médicas, ambas simpáticas angolanas que fizeram o favor de me apalpar, radiografar e espetar seringas no rabo. E, enquanto esperava que os músculos relaxassem, descobri no meu iPod o delicioso album "Dimanche à Bamako" do duo do Mali, Amadou & Mariam e tenho-o ouvido até à exaustão (merci Nu-nô!).
http://www.amadou-mariam.com/
O Domingo levou-me um pouco mais para o norte de Àfrica. A semana passada comprámos uma máquina de fazer pão e eu resolvi experimentar fazer um pão com Kamut, um cereal utilizado pelos antigos egípcios mas que tinha caído em desuso durante milhares de anos até que alguns grãos encontrados num túmulo egipcio por volta de 1949 germinaram e hoje já se planta um pouco por todo o mundo. Veredicto: o pão dos faraós era bastante bom.
www.kamut.com
Como mal me podia mexer resolvi ficar na cama sossegadinho a ler (devorar), primeiro " A agencia de mulheres detectives número 1" e depois "As lágrimas da girafa", os dois primeiros volumes da excelente série de livros escritos por Alexander McCall Smith sobre Mma Ramotswe, a primeira mulher detective do Botswana.
http://www.randomhouse.com/features/mccallsmith/books.html
No Sábado fui finalmente visto por duas médicas, ambas simpáticas angolanas que fizeram o favor de me apalpar, radiografar e espetar seringas no rabo. E, enquanto esperava que os músculos relaxassem, descobri no meu iPod o delicioso album "Dimanche à Bamako" do duo do Mali, Amadou & Mariam e tenho-o ouvido até à exaustão (merci Nu-nô!).
http://www.amadou-mariam.com/
O Domingo levou-me um pouco mais para o norte de Àfrica. A semana passada comprámos uma máquina de fazer pão e eu resolvi experimentar fazer um pão com Kamut, um cereal utilizado pelos antigos egípcios mas que tinha caído em desuso durante milhares de anos até que alguns grãos encontrados num túmulo egipcio por volta de 1949 germinaram e hoje já se planta um pouco por todo o mundo. Veredicto: o pão dos faraós era bastante bom.
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