É oficial: não será a editora que publicou o "olhos de cão" a publicar o meu livro de contos. Isto quer dizer que neste momento o meu livro novo está solteiro, orfão e à espera de dono.
É um livro de contos alternados com imagens. O tema balança entre o amor e o sexo, entre o sentimental e o erótico. São 152 páginas de formato 15x16cm já paginadas por designer competente (eu!) e tem capa feita. É um livro para se ler, ver e pegar com as mãos.
Envia-se a editores competentes que gostem de ler e editar livros.
Contactar:
danieljskramesto@yahoo.com
segunda-feira, 31 de outubro de 2005
quarta-feira, 26 de outubro de 2005
nipa-me, tucka-me
Eu achava que depois de ter trabalhado para os enfermeiros do Grupo de Tratamento de Feridas Infectadas e ter paginado o livro de cirurgia plástica do doutor Francisco Campos já não havia imagens capazes de me fazer silvar, semicerrar os olhos e crispar os dedos dos pés. Até ontem à noite.
Comprámos os DVDs da série Nip/Tuck e vimos o primeiro episódio. Foi divertidíssimo. Dois homens adultos no sofá agarrados a almofadas, a tapar os olhos com as mãos e a guinchar que nem duas meninas. Isto na nossa sala. No écran, cirurgias descaradamente filmadas, sangue a rodos, muitas seringas a entrar na pele e, nojo dos nojos, um lipo-aspirador descontrolado a espirrar gordurita fresca numa sala de operação. Desde o filme "Re-animator" que não via algo tão gore. Adorámos!!
Além disso, os actores (ver foto), história e diálogos estão num bom nível.
Pena é o estômago não aguentar mais de um episódio por noite.
E sim, eu também snifaria esse tipo... ;-D
Comprámos os DVDs da série Nip/Tuck e vimos o primeiro episódio. Foi divertidíssimo. Dois homens adultos no sofá agarrados a almofadas, a tapar os olhos com as mãos e a guinchar que nem duas meninas. Isto na nossa sala. No écran, cirurgias descaradamente filmadas, sangue a rodos, muitas seringas a entrar na pele e, nojo dos nojos, um lipo-aspirador descontrolado a espirrar gordurita fresca numa sala de operação. Desde o filme "Re-animator" que não via algo tão gore. Adorámos!!
Além disso, os actores (ver foto), história e diálogos estão num bom nível.
Pena é o estômago não aguentar mais de um episódio por noite.
E sim, eu também snifaria esse tipo... ;-D
terça-feira, 25 de outubro de 2005
Ser quem nao sou
Às vezes ainda se encontram idiotas que julgam que ser homosexual é querer ser mulher. A principio não se percebe como é que alguém pode ser tão estúpido, mas depois, enfim, rebolam-se os olhos para trás do crâneo e a coisa passa... E quando alguém me faz a pergunta: "se fosses uma mulher quem gostarias de ser?" até consigo lembrar-me de três respostas:
Alaska
Roisin Murphy
Bette Midler
Será que tenho de explicar porquê?.... :-D
Alaska
Roisin Murphy
Bette Midler
Será que tenho de explicar porquê?.... :-D
Poesia Pop
"Hombres" - Fangoria
Hay hombres que se mueven,
hay hombres que se agitan,
hay hombres que no existen,
hay hombres que no gritan,
hay hombres que respiran,
hay hombres que se ahogan,
hay hombres que ocultan la verdad,
hay hombres que roban.
Hay quién apuesta fuerte y decide quererte,
sabiendo lo fácil que resulta perderte,
sabes que siempre estaré cerca de ti.
Hay hombres que te compran,
hay hombres que se venden,
hay hombres que recuerdan,
hay hombres que mienten,
hay hombres que prefieren no hablar,
hay hombres que no entienden.
Hay quién no tiene suerte y prefiere engañarte,
sabiendo lo fácil que resulta ganarte.
Sabes que nunca me iré lejos de ti.
Tienes que aprender a resistir, tienes que vivir,
esto no lo tengo
esto no lo hay,
esto no lo quiero
y esto que me das.
Hay quién apuesta fuerte y decide quererte,
sabiendo lo fácil que resulta perderte,
Sabes que siempre estaré cerca de ti.
Hay quién no tiene suerte y prefiere engañarte,
sabiendo lo fácil qué resulta ganarte.
Sabes que nunca me iré lejos de ti.
Hoy hay luna llena y un hombre camina por ella,
Hoy hay luna llena y un hombre camina por ella.
Hay hombres que se mueven,
hay hombres que se agitan,
hay hombres que no existen,
hay hombres que no gritan,
hay hombres que respiran,
hay hombres que se ahogan,
hay hombres que ocultan la verdad,
hay hombres que roban.
Hay quién apuesta fuerte y decide quererte,
sabiendo lo fácil que resulta perderte,
sabes que siempre estaré cerca de ti.
Hay hombres que te compran,
hay hombres que se venden,
hay hombres que recuerdan,
hay hombres que mienten,
hay hombres que prefieren no hablar,
hay hombres que no entienden.
Hay quién no tiene suerte y prefiere engañarte,
sabiendo lo fácil que resulta ganarte.
Sabes que nunca me iré lejos de ti.
Tienes que aprender a resistir, tienes que vivir,
esto no lo tengo
esto no lo hay,
esto no lo quiero
y esto que me das.
Hay quién apuesta fuerte y decide quererte,
sabiendo lo fácil que resulta perderte,
Sabes que siempre estaré cerca de ti.
Hay quién no tiene suerte y prefiere engañarte,
sabiendo lo fácil qué resulta ganarte.
Sabes que nunca me iré lejos de ti.
Hoy hay luna llena y un hombre camina por ella,
Hoy hay luna llena y un hombre camina por ella.
Os Duplex Longa
Na ida década de 80 houve um grupo português chamado Duplex Longa. Tinham um video giríssimo no PopOff para o tema "Forças Ocultas" que era feito simplesmente com uma câmara montada na frente de um carro a guiar pelas ruas de lisboa de dia e de noite, tudo filmado em velocidade acelerada.
Há coisa de um mês, graças a um amigo que tem praticamente todo o CD que merece ser ouvido, lá consegui fazer uma cópia do único album que eles fizeram. Como continua MP3zado no meu computador tem sido banda sonora de vários dias no emprego. A música é tão boa e ainda tão fresca que me custa e perceber porque é que isto não mereceu mais destaque na altura e porque é que nunca ninguém reeditou isto... e, o que é feito destes músicos?
Os Sigur Ros
Tenho uma relação algo dúbia com os Sigur Rós. A primeira vez que os ouvi foi através de um colega de emprego que punha aquilo a tocar para o povo. Não me desagradava de todo e até julgava que eram os Radiohead, mas irritava-me o rapaz e a sua atitude radiofónica pelo que nunca perguntei o que era aquilo.
Depois vi o filme "Anjos do Universo" e a música arrebatou-me completamente. Durante um ano ouvi-os bastante no recato do lar e chateei o pessoal da Zero até passarem o filme em Lisboa. Até que me comecei a aperceber do "culto" que lhes era dedicado. E eu não tenho paciencia para jovens sensíveis e depressivos que fazem disso um modo de vida...
Foi assim que os Sigur Rós saltaram para a prateleira das bandas cuja música me agrada mas cujos fãs não me permitem disfrutá-la em condições.
Este fim de semana comprei o disco novo (só porque tem uma embalagem simpática e eu sou um totó por coisas dessas) e fiquei surpreendido por ser melhor do que esperava. Por trás daqueles xilofones e guinchinhos à Mum, que eram um bocado dispensáveis, há um punhado de boas canções. A ver que tal me dou no concerto... eu ando tão pouco social...
Depois vi o filme "Anjos do Universo" e a música arrebatou-me completamente. Durante um ano ouvi-os bastante no recato do lar e chateei o pessoal da Zero até passarem o filme em Lisboa. Até que me comecei a aperceber do "culto" que lhes era dedicado. E eu não tenho paciencia para jovens sensíveis e depressivos que fazem disso um modo de vida...
Foi assim que os Sigur Rós saltaram para a prateleira das bandas cuja música me agrada mas cujos fãs não me permitem disfrutá-la em condições.
Este fim de semana comprei o disco novo (só porque tem uma embalagem simpática e eu sou um totó por coisas dessas) e fiquei surpreendido por ser melhor do que esperava. Por trás daqueles xilofones e guinchinhos à Mum, que eram um bocado dispensáveis, há um punhado de boas canções. A ver que tal me dou no concerto... eu ando tão pouco social...
sexta-feira, 21 de outubro de 2005
o pequeno almoço
O pequeno almoço lá em casa é a refeição mais importante do dia. Isto porque nos sentamos os dois à mesa, levamos algum tempo a comer (porque é preciso pôr o queijo no pão) e conseguimos ter uma conversa inteligente. Ou quase.
Moemos o café antes de o fazer, e, em dias bons, esprememos laranjas e fazemos torradas.
Hoje saí de casa a correr porque tinha uma reunião às 9h e, apesar de nos termos sentado, o pequeno almoço não correu como de costume. Não se consegue desabrochar para o dia sabendo que se tem de estar num sitio a uma hora inumana como as 9h.
Moral da história, estou algo desiquilibrado hoje. Faltou-me a âncora do dia.
Moemos o café antes de o fazer, e, em dias bons, esprememos laranjas e fazemos torradas.
Hoje saí de casa a correr porque tinha uma reunião às 9h e, apesar de nos termos sentado, o pequeno almoço não correu como de costume. Não se consegue desabrochar para o dia sabendo que se tem de estar num sitio a uma hora inumana como as 9h.
Moral da história, estou algo desiquilibrado hoje. Faltou-me a âncora do dia.
quinta-feira, 20 de outubro de 2005
misteriosa chama
Hoje, coincidindo com a minha leitura de "a misteriosa chama da rainha Loana" de Umberto Eco, tive um momento de intensa nostalgia. Acordei com o slogan "Spur sede, spur gosto, spur estilo, spur cola é Canada Dry!!" entranhado na cabeça e ainda não passou. Tive de ir procurar a imagem da garrafa para fins de exorcismo.
É curioso como me lembro perfeitamente da sensação tactil daqueles quadradinhos na base da garrafa...
Ainda as ferias
Ignorando os ocupadíssimos senhores em primeiro plano, eis a vista que se tem do Templo de Júpiter em Terracina, cidade onde passei uns dias felizes.
relatorio
O evento notável das férias foi o facto de eu ter finalmente dado por terminado o meu livro de contos. É certo que já seguiu para a editora ha 5 meses, mas, enquanto anda a ser ignorado por lá, entretive-me a polir-lhe as arestas. Textos revistos, imagens em arte final e paginação completa. Teoricamente poderia seguir para a gráfica amanhã.
- E porque é que não segue? - pergunta o leitor incauto.
- Ah, mas que boa pergunta.. - responde o autor, evasivo.
- E porque é que não segue? - pergunta o leitor incauto.
- Ah, mas que boa pergunta.. - responde o autor, evasivo.
prazeres do inverno
Ontem coloquei o edredon de inverno na cama. É um edredon de penas norueguês que mal se sente por cima de nós. Dormir nele é como abraçar algodão doce. Há imenso tempo que não dormia tão bem...
Ás vezes bastam estas pequenas coisas para nos preencher a vida.
Agora só falta neve lá fora!
Ás vezes bastam estas pequenas coisas para nos preencher a vida.
Agora só falta neve lá fora!
quarta-feira, 19 de outubro de 2005
De volta ao normal
É bom ir de férias como se por uma semana a nossa vida fosse outra.
Esteve-se bem em Itália. Boa comida, overdose cultural e descanso físico e psíquico.
Percebi finalmente que a toda a arte é cópia da cópia. Eu já sabia isso teoricamente, mas vendo as coisas com os próprios olhos assimilam-se os factos como deve ser.
Ao ver os mosaicos romanos de Pompeia (que já eram cópias de pinturas gregas) salta aos olhos que imensos séculos de arte europeia andaram apenas a melhorar técnicas para fazer a mesma coisa.
Mas, por outro lado, porque raio se há-de teimar em ver a História como um movimento evolutivo?
Enfim, visitar um dos berços da civilização deixou-me um pouco abalado. Um dia talvez consiga extrair alguma lógica do tumulto cerebral que isto me causou.
Quanto às trivialidades da vida, é sempre bom voltar para os excelentes multibancos portugueses e para o imaculado metro de lisboa. Mas foi bom comer o melhor mozzarela do mundo, gelados e salami... E ver as ruas de Nápoles cheias de napolitanos!
Esteve-se bem em Itália. Boa comida, overdose cultural e descanso físico e psíquico.
Percebi finalmente que a toda a arte é cópia da cópia. Eu já sabia isso teoricamente, mas vendo as coisas com os próprios olhos assimilam-se os factos como deve ser.
Ao ver os mosaicos romanos de Pompeia (que já eram cópias de pinturas gregas) salta aos olhos que imensos séculos de arte europeia andaram apenas a melhorar técnicas para fazer a mesma coisa.
Mas, por outro lado, porque raio se há-de teimar em ver a História como um movimento evolutivo?
Enfim, visitar um dos berços da civilização deixou-me um pouco abalado. Um dia talvez consiga extrair alguma lógica do tumulto cerebral que isto me causou.
Quanto às trivialidades da vida, é sempre bom voltar para os excelentes multibancos portugueses e para o imaculado metro de lisboa. Mas foi bom comer o melhor mozzarela do mundo, gelados e salami... E ver as ruas de Nápoles cheias de napolitanos!
sexta-feira, 7 de outubro de 2005
sempre o mesmo filme
É sabido! Basta eu anunciar que vou de férias para me assoberbarem de trabalho. Porque é que o trabalho só aparece dois dias antes de se ir de férias???
segunda-feira, 3 de outubro de 2005
eu e a cultura
Tenho de admitir que tenho grandes problemas com a cultura chamada "erudita" contemporânea. Principalmente com a música e as artes plásticas (ah, e o teatro e a dança também de vez em quando, mas como vou menos a esses não me afecta tanto).
Este fim de semana fui a um concerto que eu já sabia que iria ser de pling plóing irritante e incompreensível, mas como um amigo meu ia tocar, lá fui eu dar uma forcinha. As "obras musicais" apresentadas eram bastante recentes e iam dos anos 80 até uma estreia mundial, mas para mim soou-me tudo ao que estas coisas costumam soar: uma flauta que guincha, um piano martelado, um xilofone que se toca com um arco de violino, etc... silêncios incómodos seguidos de barulheira ao máximo e fuga total à menor expressão de frases melódicas ou padrões ritmicos. Curioso é como estas coisas são um cliché de si mesmo.
Sinceramente não vejo relevancia na existencia de coisas destas. Para mim, entre passar uma hora a ouvir um concerto destes ou passar uma hora à espera de uma consulta no dentista é um sacrificio quase igual. Tempo de vida desperdiçado à espera que o pior passe e se possa continuar a vida como ela é.
E quando me ponho a pensar no que o futuro recordará da música das últimas décadas (as da minha vida), não me parece que sejam estas obras desumanas de que, admitamos, ninguém, no seu perfeito juízo, pode gostar. Arte é comunicação, não alienação do espectador.
Este fim de semana fui a um concerto que eu já sabia que iria ser de pling plóing irritante e incompreensível, mas como um amigo meu ia tocar, lá fui eu dar uma forcinha. As "obras musicais" apresentadas eram bastante recentes e iam dos anos 80 até uma estreia mundial, mas para mim soou-me tudo ao que estas coisas costumam soar: uma flauta que guincha, um piano martelado, um xilofone que se toca com um arco de violino, etc... silêncios incómodos seguidos de barulheira ao máximo e fuga total à menor expressão de frases melódicas ou padrões ritmicos. Curioso é como estas coisas são um cliché de si mesmo.
Sinceramente não vejo relevancia na existencia de coisas destas. Para mim, entre passar uma hora a ouvir um concerto destes ou passar uma hora à espera de uma consulta no dentista é um sacrificio quase igual. Tempo de vida desperdiçado à espera que o pior passe e se possa continuar a vida como ela é.
E quando me ponho a pensar no que o futuro recordará da música das últimas décadas (as da minha vida), não me parece que sejam estas obras desumanas de que, admitamos, ninguém, no seu perfeito juízo, pode gostar. Arte é comunicação, não alienação do espectador.
Subscrever:
Mensagens (Atom)