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Estou a ler o romance sueco "Let the right one in". Foi o verdadeiro Skråmestø quem mo recomendou já há cerca de um ano e eu, que papo qualquer livro com vampiros, agarrei-me a ele assim que achei uma tradução em inglês.
Todas a críticas a este livro referem o modo inteligente e socialmente empenhado (!) como reinventa o papel do vampiro. Suponho que tenho de fazer o mesmo porque é verdade e é absolutamente notável. Lindquvist centra a sua acção num suburbio descaracterizado da contemporaniedade e, com um leque de personagens tipo - o rapaz que é gozado na escola, o desempregado alcoolico, a mãe solteira alienada dos filhos - contrói um crescendo de acção, que tem tanto de comovente como de sanguinolento.
Entretanto, soube hoje que a adaptação do livro ao cinema vai passar no festival IndieLisboa. O trailer deixa-me com algumas reticências... a começar pela personagem principal que, no livro, é descrito como sendo um rapaz moreno, feio e bastante gordo. No filme acabou por ficar com um ar assim para o angelical... E no livro ha certamente muita cabeça decepada, corpos esvaídos de sangue e em combustão, mas isso não distrai o leitor do importante. Num filme parece-me difícil perceber o amor que vai na cabeça de alguém que encosta um garrafão a um pescoço acabadinho de esfaquear.
O filme passa segunda 28 de Abril e Quinta 1 de Maio no São Jorge