domingo, 25 de fevereiro de 2007
Noite de oscares
Vou estar a torcer pela maravilha que é curta-metragem de animação norueguesa "the danish poet" (que também já ganhou o prémio do Cinanima para melhor curta-metragem).
terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
Grime
Muito com pouco (e por pouco!)
É um facto já indiscutível que alguma da ficção mais interessante que se produz actualmente acontece no formato série de televisão. Uma das vantagens deste formato é a possibilidade que oferece aos actores de desenvolverem as suas personagens mesmo quando lhes cabem papéis mais secundários. Exemplo marcante é a série "Socorro" (no original, "Rescue me", que suponho era muito dfícil de traduzir por "Salva-me"...), criada, escrita e interpretada por Denis Leary.
A série retrata as vidas dos bombeiros de um quartel em Nova Iorque ainda assombrados (literalmente) pelos fantasmas do 11 de Setembro.
Embora a principio a série ainda se cole demasiado ao formato "os mortos falam comigo" herdado de séries como Sete Palmos de Terra, a partir da segunda metade da primeira temporada a coisa entra nos eixos e a Segunda Temporada é uma absoluta maravilha no modo como o argumento serve as representações dos actores e vice versa. Denis Leary sabe o que escreve e para quem o escreve. E nem está com falsas modéstias, dá a si próprio ocasiões para brilhar enquanto actor e levar a sua própria personagem a extremos com que nenhum simples argumentista se atreveria a sonhar. Felizmente, não é egoísta e distribui pérolas de diálogo a todo o elenco.
Não estamos no domínio das grandes linhas narrativas. Aqui pouca coisa acontece. Mas é o grande retrato da pequenez humana que torna esta série absolutamente notável.
Por motivos que escapam à compreensão, a SIC comprou esta série para depois a enterrar num horário indeciso entre a sexta à noite e o sábado de manhã. Felizmente, já se podem comprar as duas primeiras temporadas em DVD, o que é muito melhor para poder ver uma mão-cheia de episódios de seguida. (27,5 euros, preço fnac)
PS - Também não é por acaso que a série tem uma boa banda sonora - Denis Leary já foi estrela do Rock n' Roll
PS2 - Tem gajos giros e muita piada gay.
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
Senhores de Barbas
Hoje, sabe deus porquê, andei o dia inteiro com a palavra "Garibaldi" a rebolar nos pensamentos, como às vezes acontece com canções. Em situações destas não há como um bom exorcismo e então lá fui à wikipédia para saber mais coisas sobre o senhor (só me lembrava que era um capitão italiano). Afinal eu sabia nada sobre tão estupenda figura. Mas mais do que a vida dele, marcou-me esta foto do lado esquerdo onde ele faz um curioso fashion statement (argentino?).
Depois as barbas lembraram-me o senhor da direita, que também cultivava o pêlo facial enquanto escrevia poemas bonitos. Acho o Garibaldi capaz de gostar deste:
O Captain! my Captain! our fearful trip is done,
The ship has weather'd every rack, the prize we sought is won,
The port is near, the bells I hear, the people all exulting,
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring;
But O heart! heart! heart!
O the bleeding drops of red,
Where on the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.
domingo, 18 de fevereiro de 2007
Oceanario
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
Jeff VanderMeer
Depois de aguardar a sua vez à beira da cama, li finalmente "A transformação de Martin Lake" de Jeff VanderMeer.
Estou abismado. É genial!
São perfeitamente legítimas as comparações com Borges e Italo Calvino, mas isso serve só para situar a obra de um (por enquanto) autor desconhecido. Não tenho dúvidas de que este senhor VanderMeer passará ele próprio a ser referência para outros no futuro.
Vénia profunda.
PS: Excelente tradução e edição da Livros de Areia, mas porquê cópias limitadas? Corram a comprá-lo. (Na Bertrand do Chiado havia alguns o mês passado.)
Estou feliz, fui ao IKEA
É verdade. Nada como umas boas pechinchas e uma mudança de cenário para re-animar.
Hoje, escrevo-vos de uma nova secretária, rabinho sentado em cadeira fofa e pézinhos a acariciar um tapete multicolorido. É outra coisa! Além de que montar móveis do IKEA faz-me sempre sentir inteligente e másculo...pena essa sensação não durar mais do que um dia...
Hoje, escrevo-vos de uma nova secretária, rabinho sentado em cadeira fofa e pézinhos a acariciar um tapete multicolorido. É outra coisa! Além de que montar móveis do IKEA faz-me sempre sentir inteligente e másculo...pena essa sensação não durar mais do que um dia...
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
Buracos legais
Hoje, ao ler o Blog do Luís e do Gonçalo lembrei-me que ainda não tinha postado aqui um paradoxo legal interessante:
Sabiam que dois homens portugueses podem ter uma relação de facto reconhecida pelo estado português mas que se um deles tiver nacionalidade estrangeira já não podem ter?
Mas, por outro lado, se um homem português se casar com um homem norueguês na Noruega, o estado português (graças a alguns acordos internacionais) é obrigado a reconhecer a esse casal em Portugal todos os direitos que esse casal tem na Noruega? (que são muitos mais dos que os da união de facto portuga)
E não é inconstitucional dar a alguns cidadãos mais direitos civis do que a outros?
Sejamos coerentes. Das duas, uma: Ou um português que se case com um norueguês do mesmo sexo perde o seu direito à nacionalidade portuguesa ou então todos os portugueses deviam poder ter casamentos do mesmo sexo iguais aos da Noruega.
PS - Não sei como é que isto funciona com outros países como a Espanha, Dinamarca, Suécia ou Reino Unido...
Sabiam que dois homens portugueses podem ter uma relação de facto reconhecida pelo estado português mas que se um deles tiver nacionalidade estrangeira já não podem ter?
Mas, por outro lado, se um homem português se casar com um homem norueguês na Noruega, o estado português (graças a alguns acordos internacionais) é obrigado a reconhecer a esse casal em Portugal todos os direitos que esse casal tem na Noruega? (que são muitos mais dos que os da união de facto portuga)
E não é inconstitucional dar a alguns cidadãos mais direitos civis do que a outros?
Sejamos coerentes. Das duas, uma: Ou um português que se case com um norueguês do mesmo sexo perde o seu direito à nacionalidade portuguesa ou então todos os portugueses deviam poder ter casamentos do mesmo sexo iguais aos da Noruega.
PS - Não sei como é que isto funciona com outros países como a Espanha, Dinamarca, Suécia ou Reino Unido...
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