sábado, 29 de setembro de 2007

Freedom in meu coração


Derreto-me todo quando o Devendra canta em português.

E gosto das fotografias dele.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Inacreditável experiência audiovisual


Juro-vos que não tomo drogas, mas esta canção foi feita por mim. E sim, sou eu a cantar!
A ilustrações são da Carla Pott que anda a experimentar animações em Flash e precisava de uma banda sonora.
Se isto alguma vez render dinheiro, será doado a um fundo de ajuda a vítimas de poluição sonora.

Pequenas alegrias


Hoje fiquei a saber que este meu quadro foi seleccionado para competir no Prémio de Pintura Ariane de Rothschild.
Tenho a certeza absoluta que não vou ganhar nada, mas, como qualquer bom nomeado a Óscar® diria: só ser nomeado já é uma honra.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Valor icónico


Serei o único a pensar que o verdadeiro motivo que leva a que, de repente, a situação na Birmânia tenha direito a tanto destaque nos media tem a ver com o facto de tantos monjes vestidos de cor de laranja ficarem bem em fotografias?

Para todas as gerações que não viveram o 25 de Abril, que herança visual há para além do cravo?

Teriamos menos medo da bomba atómica se não houvesse cogumelo de fumo?

Porque é que nunca ninguém se lembra da Restauração mas Aljubarrota resiste graças ao Mosteiro da Batalha e a Implantação da República graças à senhora de mamas à vela?

Foi a Segunda Guerra mundial mais horrível do que a Primeira graças à cruz nazi?

Como raio é que o galo de barcelos se tornou num símbolo geral de portugalidade?

A nossa senhora de Fátima reflecte verdadeiramente a moda do vestuário do céu ou será só mais uma daquelas primeiras damas sem fashion-sense?

Warszawa


O 80's revival anda a bater muito forte na escandinávia. Depois dos The Mary Onettes da Suécia, eis os Superfamily, banda norueguesa, aqui com um teledisco idiota (mas que podia ter passado para o lado Arte-Pop se eles se levassem a sério como os Pet Shop Boys ou a Roisín). A canção, no entanto, é genial. Um verdadeiro pop hit de 1984, feito em 2007, ou, um sonho da música dos anos 80 como ela deveria ter ter sido. Esqueçam o video, ouçam a música.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Mini expo


Amanhã às 21h30 dá-se por inaugurada a minha pequena mostra de quadros no bar "o bico" (rua de Santa Catarina, 28, Lisboa - perto do miradouro do Adamastor). Durante um mês podem passar por lá, todos os dias das 19h00 às 01h00.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A olhar para o meu umbigo


Estou distraído. E no entanto esta semana tenho que olhar para as minhas coisinhas, os meu quadrinhos, escolher os que vale a pena mostrar.
O Eduardo, do bar O Bico (Rua de Santa Catarina, 28, Lisboa, strip às terças), convidou-me para pôr alguns nas paredes dele durante um mês, a partir de dia 26.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Pérolas

A propósito de grandes senhoras, para além da Roisin, nutro uma grande admiração pela Joanna Lumley (vulgo Patsy do AbFab).
Uma das grandes pérolas de sempre da ficção televisiva é a série "Up in town", de 2002, que não faço idéia se alguma vez chegou a passar em Portugal, mas que, actualmente, está disponível na íntegra no You tube. São apenas 6 episódios de 10 minutos. Monólogos ao espelho de uma viúva solitária. Excelência de escrita, realização e interpretação. Absoluta delícia e maravilha.
Fica aqui o primeiro episódio, mas, se tiverem tempo, vejam também os outros. É uma hora bem passada na net.

Ah, tinha-me esquecido de dizer: isto era por causa do DVD que comprei com a série Sensitive Skin, a mais recente colaboração do Hugo Blick (o mesmo escritor/realizador de "Up in Town) com a Joanna Lumley, desta vez com um leque de actores mais alargado e episódios mais longos (20 minutos!). A excelência é a mesma. Ver excerto aqui.

PS: Embora estas coisas estejam todas disponíveis no You Tube (não me estou a queixar) vale a pena largar dinheiro no DVD para ver a imagem como deve ser. São as pequenas nuances de expressão que melhor mostram a grande actriz.

domingo, 16 de setembro de 2007

...and the winner is:

Primeiro que tudo, um sentido agradecimento a todos os que participaram. Todos tinham boas razões para levar o livro, quanto mais não fosse a simples vontade de o querer, o que para mim já me comove bastante. Obrigado, obrigado, obrigado!

Mas depois de considerar tudo o que se disse (e até o que não se disse) o livro vai ter de ir para a Lis por 3 razões e meia:

1 - É uma gaja. Imaginá-la a ler as minhas histórias de sexo entre homens, titila-me.

2 - Ela prometeu (mundo, toma nota!) que me oferecia um exemplar autografado do seu primeiro livro. Eu quero cobrar!

3 - Ela não sabe, mas eu tenho um contador que me mostra quantas vezes ela rondou aqui o blog durante esta semana.

e a meia razão foi o comentário que ela pôs num post aqui há tempos e depois, envergonhada, apagou. Mal sabia ela que todos os comentários vão parar à minha caixa de correio...

Por isso, Lis envia-me um email para danieljskramesto@yahoo.no com a tua morada.
:-)

sábado, 15 de setembro de 2007

Na próxima encarnação eu quero ser a Roisin Murphy


Este deve ser um dos videos mais idiotas de todos os tempos. Mas é lindo!
Eu quero ser ela! Eu sou ela, algures num cantinho do meu coração!
Oh, divina arte da Pop!

O grande concurso - deadline

Só para recordar que a "linha da morte" para o grande concurso (ver lá mais para baixo) é até amanhã à hora a que eu acordar e ligar o computador. Por isso ainda vão a tempo de se habilitarem a um bonito exemplar do meu livro, autografado e abençoado.

Subtilmente Queer


A escolha de "A casa de Alice" como filme de abertura do festival Queer Lisboa pareceu estranha a muita gente, ontem à noite.É afinal um filme onde, de homosexualidade, há apenas algumas vagas sugestões.

No entanto, a meu ver, foi a escolha certa para marcar um novo rumo para o festival. Longe de lantejoulas ou de erotismo de pacote, "A casa de Alice" é um filme que transpira sexo por todos os poros. É um filme, que sem nunca se tornar gráfico, questiona, sem nunca fazer directamente a pergunta, o papel do sexo no núcleo familiar. E é afinal de contas, de sexo que se fala, quando se fala de homosexualidade, mesmo que, para isso seja preciso enfrentar o sexo hetero.

O sexo é o grande papão da homosexualidade, é a parte que mete medo a toda a gente (inclusivé a jornalistas que acham que sexualidade fora da norma não é bom tema para um festival de cinema e por isso o ignoram). Fazer por isso um festival destes é, à partida, estar a pregar aos convertidos e podia não passar de uma ocasião de servir bolo a gulosos.

Felizmente, finalmente, à sua 11ª edição, nota-se claramente na escolha dos filmes programados uma vontade de mudar o rumo do festival. A mudança do nome do festival, de "gay e lésbico" para "queer", serve como assinatura (pouco "popular", mas que se há-de fazer, tendo em conta a falta de vocabulário português capaz de ser tão abarcante).

Por isso, integrar no festival, na competição, um filme como "A casa de Alice" e escolhê-lo para a sessão de abertura, abanando-o como bandeira é um acto a louvar. É prova de inteligência.

Este filme brasileiro, dotado de um excelente elenco serve como peephole para observar um núcleo familiar - Pai, Mãe, três filhos e avó - e deixa-nos à vontade para olhar em redor e construir histórias, tirar conclusões. O seu realismo, mais do que das situações que mostra, vem da sua pouco apertada malha ficcional (que, verdade seja dita, aborrece aqui e ali). Não é filme para perguiçosos. Servi-lo a uma audiência de um festival como este é lançar um desafio ousado, que, espero venha a ser aceite.

Numa altura em que qualquer paneleirice pode ser baixada da net é precisamente para isso que precisamos de festivais e (principalmente) programadores. Uma programação, mais que um filtro, é uma escolha, logo, também uma mensagem, um discurso. Assumir que um festival não é só festa e entretenimento mas também espaço de reflexão e descoberta é uma atitude que merece o nosso reconhecimento.
Obrigado então a toda a gente que se dispôs a repensar este festival, para que nós pensemos também.



"A casa de alice" volta a passar amanhã, Domingo às 16h
Programação do festival, Aqui
http://queerlisboa.blogspot.com/

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

A Noruega em norueguês


Hoje deu-me um ataque de saudades da Noruega (bastou ver os pilares de uma estação de metro de Oslo num video dos Flunk) por isso apeteceu-me ouvir musica norueguesa cantada em norueguês (existe!). Daí surgiu esta pequena colecção.

A primeira canção "Pille", é dos Folk & Røvere - Corria o ano de 1999 e esta canção abria o album "Oslo", o primeiro que comprei de uma banda norueguesa. A letra pode resumir-se a algo como "Estou deprimido, preciso de um comprimido". Mais norueguês não podia ser.

Seguem-se os Kaizers Orchestra cujas letras me passam completamente ao lado mas que têm um som do caraças.

Em "Helt Perfect" percebe-se como é que os Folk & Røvere se transformaram nos Flunk. A unica diferença é que passaram a cantar em inglês.

"Summarnatta" é uma canção "tradicional" norueguesa, aqui vestida com arranjos invulgarmente glamourosos na voz da Herborg Kråkevik (a Dulce Pontes da Noruega). A letra diz algo como "Não iremos desperdiçar esta noite de Verão a dormir". Pois claro que não, noites de verão tão luminosas como as da Noruega são para passear debaixo das árvores.

"Little Fuglen" é folclore norueguês (tipo "oliveirinha da serra") e é a história de um passarinho que cantava muito bem. Acordeão genial.

"Ladonia" é a grande batota desta lista porque é cantada em alemão, mas como não achei a Anneli Drecker a cantar em norueguês isto teve de servir. E lista de música norueguesa sem ela não vale nada. Além de que esta canção é tão deliciosamente épico-kitsch que tem de ser ouvida quando se tem a lagrimita ao canto do olho por saudades de um país longínquo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

O Prémio


O prémio do concurso (ver mais abaixo) passa a ser este. (o livro apenas, a minha mão não está incluída).

Interludio cultural

Enquanto o meu ego se alimenta do "Fan Power" do concurso aqui por baixo, eis um video instrutivo sobre fãs fora de controle:

(Os outros da mesma série tb valem a pena)

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Director's Cut

Manhã desperdiçada em viagens de metro, autocarro e contacto com portugueses daqueles que proferem frases dignas de sketches do gato fedorento:
"Essa rua não sei onde é mas é ali para cima."
"Se eu que sou o segurança não sei, então na secretaria também não devem saber"
"São só 11h mas a minha colega já saiu para almoçar e só ela é que recebe esses impressos. Pode ser que volte às 14h. Quer esperar?"

Se quando morremos temos de ver o filme das nossas vidas, será que não se pode ver uma versão editada e deixar de fora todas as horas desperdiçadas à espera de transportes, na casa de banho e a aturar gente burra?
Ou seja, em termos mais filosóficos, para o Além Divino, será que o tempo tem todo o mesmo valor ou é subjectivo como para nós?

sábado, 8 de setembro de 2007

Grande Concurso!


COMPRA-ME!!!

Tenho para oferecer um exemplar do meu livrito "Pequenas histórias de Amor e Sexo". Quem o quiser pode deixar um comentário a esta mensagem explicando porque é que o merece ganhar. No próximo fim de semana eu decido quem leva o brinde.

Uma pérola da minha estante

Em 1886, o Editor David Corazi da empreza Horas Românticas (premiada com medalha de ouro na exposição do Rio de Janeiro, sede na Rua da Atalaya, Lisboa), trazia a lume a grande obra ilustrada em 6 volumes "Os Invisíveis de Lisboa" de Gervasio Lobato e Jayme Victor.

Eu comprei os 3 primeiros volumes num bar do bairro alto (o saudoso Gironte) corria o ano de 1998. Estas pequenas amostras das ilustrações e do texto explicam porque paguei 3 contos de réis por eles na altura. Ainda salta com frequencia da estante para ser folheado e hoje apeteceu-me partilhar.


sexta-feira, 7 de setembro de 2007

shaun the sheep


Materialismo e desmaterialização

É a natureza humana e não vale a pena negar: há objectos que me titilam.

O lançamento dos novos iPods provocou obviamente umas ondas de histeria aqui em casa. Não vale a pena sequer explicar porquê (se não foram ainda espreitar a página da apple... vaiam!) mas o que me parece digno de comentar é o facto de o novo iPod Touch fazer muito mais sentido que o iPhone no aspecto em que, se vamos estar online, para que queremos nós um telefone? Bem podemos falar com quem quisermos via skype ou algo assim (e se não repararam que o iPod Touch tem um microfone...bem, é porque definitivamente não estão interessados). Outra coisa que parece um contrasenso mas vendo bem não é, é o facto de os discos rigidos dos iPod Touch serem tão pequenos. Mais uma vez: se vamos estar online, para que precisamos de ter as músicas e os videos armazenados no nosso disco?
Como é possível esta magia de ter tudo, aqui e agora na palma da mão?! Oh como eu adoro a tecnologia! Quem não acha estas coisas sexys só pode estar morto para o mundo.


Entretanto chega-me a Newsletter da Editora Incunabula anunciando que a edição do 25º aniversário do Little, Big vai finalmente ficar pronta em Outubro.
A carta que o editor escreve aos fanáticos que há mais de ano já pagaram pelo seu exemplarzito (eu inclusivé) é a minha idéia perfeita do futuro do negócio editorial. Ele explica-nos em deliciosa prosa todos os pormenores do processo de edição, da escolha das ilustrações, do papel, da escolha da tinta para impressão, da revisão do texto, etc, etc.
Isto tudo para garantir que um livro tão bem amado pelos seus leitores lhes chegue às mãos numa encarnação capaz de exponenciar o fetiche e reverencia.
Agradam-me especialmente as ilustrações de Peter Milton que, pela imaterialidade das suas figuras, são perfeitas para este livro. A capa vai ser esta:

(carreguem nela para ver em grande)

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Epifania

Estava eu ainda a tentar compreender o motivo para a histeria dos media noruegueses sobre esta historia das rezas no vazio da Madre Teresa quando me ocorreu que a outra grande história do verão norueguês foi quando a princesa Martha Louise anunciou que consegue ver anjos e que, por alguns milhares de coroas, pode dar uns cursos de três anos, ao fim dos quais qualquer pessoa talvez os consiga ver também.
Ok! Histeria explicada.
Não é tão giro com famílias reais?

domingo, 2 de setembro de 2007

Madre Teresa - 10 anos sobre a sua morte


“If I ever become a Saint—I will surely be one of “darkness.” I will continually be absent from Heaven—to lit the light of those in darkness on earth .”
—Mother Teresa of Calcutta

Enquanto os jornais noruegueses fazem um estralhadaço descabido sobre este livro, os media portugueses, sempre tão atentos a irrelevantes escândalos internacionais andam incompreensivelmente a ignorar a coisa (ou talvez não seja assim tão incompreensível - o que não se sabe não se discute).
Neste livro, Brian Kolodiejchuk, que trabalha no processo de santificaçao de Madre Teresa, reuniu um conjunto de cartas escritas por ela aos seus orientadores espirituais. A causa do "escândalo" reside no facto de em muitas delas ela referir que, quando reza sente apenas escuridão e um grande vazio e solidão, como se deus não a ouvisse, facto que a levou muitas vezes a duvidar da sua existência.
A mim, saber destas coisas só me faz ter ainda maior admiração pela senhora. Para gente que acha que a religião é um fogo de artificio de milagres, visões, segredos crípticos e stigmatas é claro que soa a heresia, como gritar "o rei vai nu".
Cá por mim, depois disto fico-me pela minha síntese da vida e obra da Madre Teresa para adicionar aos mantras de uma boa vida espiritual: "Menos reza, mais trabalho!"