Hoje fiz o meu primeiro sudoku.
Finalmente percebo o fascínio da coisa.
Eu tenho um problema com números. Até hoje continuo sem saber a tabuada de cor (claro que sei a dos 2 e dos 5, mas dos 6 prá frente só contando pelos dedos e fazendo umas adições complicadas.)
Tenho uma amiga minha que durante anos sonhou com uma espiral de números e acordava sempre aterrorizada por se ir aproximando do número no centro da espiral. Curou-se com sessões intensas de psicoterapia e um bocadito de hipnose, mas nunca chegou a saber qual era o número que a aterrorizava.
Eu da minha parte também tenho um sonho recorrente. Sempre que estou nervoso com um prazo de entrega, ou me sinto ansioso em relação á minha competência com qualquer coisa, sonho que alguém descobriu que durante o liceu faltei a todas as aulas de matemática, ou que passei a faculdade toda sem saber que o curso de belas-artes afinal tinha aulas de matemática e que tenho de as fazer para não me invalidarem o diploma.
Isto é tão comum e tão patético que até enquanto estou a ter estes sonhos já estou consciente do que querem dizer.
Foi por isso que demorei tanto tempo até me decidir a experimentar o sudoku. Mas hoje na casa de banho havia um jornal e uma caneta e acabei por ficar lá mais tempo do que o estritamente necessário. Aquilo dá mesmo pica. Há um momento mágico em que os numeros começam todos a encaixar e vai tudo a bater certo de enfiada. Melhor só rebentar bolhinhas nos plásticos das mudanças.
Ou borbulhas.
Com muito pus.
Foi no suplemento de jornal que já estava na casa de banho há mais de 2 meses. Eu já tinha lido tudo, só faltava mesmo fazer o sudoku.
ResponderEliminarTambém chegaste tarde! Eu já fiz capas para livritos disto e acabei por os oferecer a outros amigos.
A propósito, o que se passa com o teu blog? Nunca mais consegui aceder, dá-me sempre a mensagem "the requested url could not be retrieved".
E eu que acho tanta piada a gays alternativos! punk-gays, gótico-gays, metaleiro-gays, rasta-gays, hippie-gays, skater-gays... É refrescante.
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